A contribuição dos sítios/quintais na cadeia produtiva do bioproduto (Manaus-Amazonas-Brasil)

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Este estudo analisa a contribuição dos sítios/quintais agroecológicos na cadeia produtiva de fitoterápicos/fitocosméticos, denominados de
bioprodutos. O objetivo geral do trabalho é analisar os sítios/quintais das unidades territoriais camponesas no espaço total dos bioprodutos
no Amazonas, e os objetivos específicos são: identificar as políticas públicas que incentivaram a produção de bioprodutos no Amazonas, e identificar as principais espécies presentes no sítio/quintal agroecológico e seu uso econômico. O estudo foi desenvolvido a partir de
trabalhos de campo realizados em alguns municípios do Amazonas e fundamentado com bibliografias direcionadas à pesquisa. Nos sítios/quintais, foi possível encontrar a matéria-prima inicial para os bioprodutos (plantas medicinais). Os camponeses passam a direcionar
a produção das matérias-primas localizadas nos sítios/quintais para o mercado de bioprodutos, visto que antes era somente para o autoconsumo na unidade territorial familiar. A cadeia produtiva (produção, distribuição, circulação e consumo) dos bioprodutos foi incentivada por instituições (públicas e privadas), entre elas: SEBRAE-AM e SUFRAMA; com o incentivo na criação de cooperativas para a
produção de bioprodutos, visando à estruturação da cadeia produtiva em Manaus, e na criação do DIMPE, que concedeu vagas para empresas voltadas a esse ramo especificamente, as chamadas bioindústrias. Não há exemplos de fixação de renda aos camponeses, mas devido à existência dos sítios/quintais as instituições incentivaram a produção de matérias-primas ao mercado dos bioprodutos; a
produção de fitoterápicos ou de remédios já ocorria como parte do modo de vida dos camponeses. A matéria-prima para os fitoterápicos (plantas medicinais e os óleos vegetais) e fitocosméticos são produzidas pelos camponeses de vários municípios, sem uma fiscalização e/ou uma certificação das bioindústrias no Amazonas, dificultando a fixação de renda no estado e aos camponeses que não conseguem reivindicar politicamente uma renda mais justa.